Em um mundo corrido, onde quase não falamos pessoalmente com as pessoas, muitas vezes trocamos as ligações telefônicas por mensagens de texto com carinhas felizes ou no trabalho usamos ferramentas corporativas como o communicator ao invés de ir até a mesa do colega falar com ele, o tempo que qualidade se tornou um bem precioso.
Para algumas pessoas ele é ainda mais precioso, pois trata-se de sua principal linguagem de valorização e apreciação. Elas querem sentir que aquilo que estão fazendo é importante e que seu gestor valoriza sua contribuição. São as breves, mas genuínas expressões de interesse naquilo que está executando que o faz sentir-se apreciado.
Para fazer com que estas pessoas se sintam valorizadas é preciso dedicar atenção total a elas e investir tempo para criar diálogos e momentos de empatia, no qual sejam compartilhados pensamentos, sentimentos e desejos num contexto amigável. Mesmo que estes momentos sejam breves e feitos por meio de ferramentas de comunicação digital, lembre-se de reservar tempo na agenda para isso.
Recentemente ouvi um profissional dizer para os colegas em um workshop, “eu não gosto de trabalhar para você, gosto de trabalhar com você”. O que ele queria dizer era que sentia a necessidade de ter esses momentos e diálogos de empatia e se sentir parte do processo.
Para que as conversas com pessoas que valorizam o tempo de qualidade sejam verdadeiramente ricas e demostrem a preocupação em criar um ambiente seguro no qual seja possível contar realizações, frustrações e sugerir melhorias, é muito importante:
- Não fazer outras coisas, enquanto estiver ouvindo (confesso que eu que sou uma pessoa que tem como linguagem o tempo de qualidade já fechei o laptop na mão de uma pessoa que digitava enquanto eu falava com ela. Me envergonho disso, pois essa não era a melhor forma de resolver o assunto, mas naquele momento foi a ferramenta emocional que eu tive para alertar sobre o quanto isso me incomodava);
- Ouvir sentimentos e pensamentos por trás daquilo que está sendo dito;
- Reconhecer os sentimentos da pessoa mesmo que você discorde das conclusões a que ela chegou;
- Observar a linguagem corporal;
- Resistir à tentação de interromper, enquanto ela fala.
Depois de ler sobre estas características e necessidades das pessoas, que tem como principal linguagem de apreciação o tempo de qualidade, a maioria das pessoas é levada a rotular e dizer que só as mulheres tem essa como sua primeira linguagem. Cuidado! Isto não é verdade, ambos sexos podem ter essa como linguagem principal, até porque a comunicação do tempo de qualidade não é feita somente por meio de conversas. Ela pode ocorrer por meio de experiências compartilhadas como realizar uma atividade junto tais como assistir a uma palestra ou participar de um curso, conversas em pequenos grupos em reuniões verdadeiramente produtivas ou por trabalhar fisicamente próximo para a realização de uma atividade ou tarefa.
O mais importante mesmo para não errar é lembrar que passar tempo de qualidade com uma pessoa exige atitude positiva!
Quando você faz algo com ressentimento, como se fosse apenas uma obrigação, a mensagem enviada aos colegas não é “Você é Valorizado”, mas pelo contrário, “Tenho coisas mais importantes para fazer do que estar aqui com você”. Então, mantenha sempre isso em mente, antes de tudo, para não errar o alvo!
Experimente, investir no tempo de qualidade e extraia o melhor do potencial dos profissionais de sua equipe que tem essa linguagem como principal. Eu testei e comprovei os resultados.
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